Ainda existe um certo desconforto social com os fios brancos.

Mesmo que muita coisa já tenha mudado, não é raro ver olhares ou comentários quando uma mulher decide não cobrir os sinais do tempo.

O curioso é que isso raramente acontece com os homens — o que só reforça como as expectativas em relação à aparência feminina ainda são diferentes.

Esperam que a mulher “se mantenha jovem”, como se envelhecer em paz fosse um descuido.

Mas para muitas, essa fase da vida não tem a ver com abandono, e sim com escolha.

Escolha por leveza, praticidade, autenticidade — ou simplesmente porque não há mais vontade de seguir o mesmo ritual de coloração.

Claro, assumir os fios brancos não é uma regra.

Assim como colorir também não é uma obrigação.

O ponto é ter liberdade para decidir, sem precisar se justificar.

Na Mahura, a gente entende o cabelo maduro como uma nova etapa, com outras necessidades — de estrutura, de brilho, de cuidado.

Fios brancos não são mais frágeis, nem piores. Só são diferentes. E merecem atenção do jeito certo.

Porque o tempo passa, sim. Mas isso não precisa ser um problema.

Nem no cabelo, nem em lugar nenhum.